Eu faço versos como quem chora de desalento… de desencanto… fecha o meu livro, se por agora não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente… tristeza esparsa… remorso vão… dói-me nas veias. Amargo e quente, cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca assim dos lábios a vida corre, deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
“Você não faz ideia de como seu silêncio me dói, de como é difícil te ver longe. De não poder estar contigo nesse momento, tão complicado e incerto. Não deixei de te amar por um segundo, posso te afirmar, sei que no fundo sabe disso. Sabe do meu esforço e vontade em ter você de volta. Ainda tenho esperança, sempre tive. Por favor, não mate elas, não irei sobreviver muito tempo depois disso.”
— Ilusões de Esther.
Aniquilo toda possibilidade de te ver no bar da esquina depois da seis. Você nunca teve haver com qualquer tipo de previsibilidade do cotidiano. O fato de estar ligado à ti já me submete à uma maratona de sensações explicitas. Quero te ver hoje á noite, não dá pra esperar mais um dia. Esse amor está explodindo no meu peito, ele jorra dos meus poros e o mundo fica azul-platina, tem um brilho que só os teus olhos são capazes de ver.
“Repassando: eu nunca me apaixono, eu não boto fé em garotas, elas são umas dissimuladas e eu sou cínico a respeito do amor. Já testei essa coisa algumas vezes e concluí em todas elas que o processo envolve muito mais sofrimento, mentiras e desilusão do que a poetização inicial consegue supor.”
— Gabito Nunes.
Quando se sabe do valor que se tem, perde-se o peso das opiniões alheias, não estou falando de altivez, mas sim de se relacionar bem consigo.
não compensa ficar triste para fazer alguém feliz. não compensa se desconstruir para construir algo por alguém que põe fim em tudo que toca. não compensa desistir dos próprios sonhos para viver o pesadelo do outro. não compensa expor aos quatro cantos do mundo um amor que é traído num cantinho qualquer com outro alguém. não compensa priozar cheio de certezas alguém que nunca sabe o que quer.
— substanciado
“Qual seria o sentido em ficar? Tudo mostra o quão obsoleto eu me tornei, eu não era importante antes, e não seria agora que eu me tornaria alguém importante pra você…”
— Eu me chamo Théo.
Tirando minha família, eu sou extremamente solitário, e muitas vezes por opção, eu gosto das pessoas, mas sinto uma vontade voraz de me afastar delas.
Depois que eu aprendi a trabalhar o melhor em mim, não pedi mais a ninguém o mínimo que eu já conseguia me oferecer.
— Ruan Guimar
Claro Enigma. Carlos Drummond de Andrade. pág. 27